O conceito de educação musical tem semelhanças e diferenças entre os grandes educadores conhecidos. É consenso geral de que a educação musical é o conjunto de práticas educacionais que transmitem o conhecimento prático e teórico do fazer musical. Essa prática é utilizada desde os primórdios do conhecimento humano, já na Grécia havia busca pelo valor da música e sua educação. O que difere a educação musica antiga da moderna já é a preocupação com a educação musical da criança e com a inserção social das massas no ensino musical.
Os educadores musicais da primeira geração quebraram o patamar rígido e estático da educação musical, começaram a enxergar a educação musical como um objeto de estudo que vai além do cenário escolar e acadêmico, eles olharam para o individuo e buscaram novas formas de educar, principalmente de se integrar socialmente levando a música para todos.
Para Dalcroze, segundo Fonterrada, o ensino musical não está centrado apenas na mente, mas nas associações entre as atividades cerebrais e as sensações auditivas, para ele era necessária uma sistematização das condutas em que a música, a escuta e o movimento corporal estivessem estritamente ligados e interdependentes, para isso desenvolveu o sistema de educação musical chamado “Rythmique”. Outro enfoque da educação de Dalcroze é a educação das massas, a transformação das massas populares através da música, e para ele essa é uma das funções do educador musical.
Para Willems, “a arte de educar encontra sua base racional de conhecimento nas relações estritas, vitais, que existem entre os elementos fundamentais da matéria a ensinar, e as próprias da natureza humana”. Para Willems é necessário se fomentar a cultura auditiva de todos, tirando a idéia de que o ensino musical é apenas para os mais talentosos.
Para Kodàly, a educação musical tinha a meta de ensinar o espírito do canto das músicas nacionalistas e folclóricas para o povo, através de um programa de alfabetização musical eficiente, levando a música para o cotidiano das pessoas. Para ele a educação musical devia enriquecer a vida das pessoas. Em sua concepção a educação musical deveria formar um publico para a música de concerto.
Para Orff, os princípios que embasam a educação musical são a integração de linguagens artísticas e o ensino baseado no ritmo, movimento e improvisação.
Para Suzuki, a educação musical se assemelha ao ensino da língua mãe, e defende que toda criança tem potencial e capacidade para aprender música, pois se têm fluência em sua língua, podem ter essa mesma fluência na linguagem musical.
Para Koellreutter, a educação musical deve considerar o estágio em que se encontra a sociedade, pois existem o rápido avanço tecnológico e cientifico, as diferenças sociais e econômicas, tudo isso deve ser levado em conta quando se trata da educação musical. A abordagem de Koellreutter privilegia o porquê da música na vida humana, não se atendo apenas ao ensino formal do fazer musical. Sua preocupação era a de propiciar uma educação viva e condizente com o contexto do aluno. Para ele o educador musical deve “desenvolver a personalidade do jovem como um todo; de despertar de desenvolver faculdades indispensáveis aos profissionais de qualquer área.”.
Para Gainza, o objetivo especifico da educação musical é musicalizar, tornar um individuo sensível e receptivo ao som e, ao mesmo tempo, promover nele respostas à índole musical. Depois de criar o vinculo musical no aluno, a própria música fará o trabalho de musicalização, rompendo nele as barreiras e abrindo seus canais de expressão e comunicação.
O conceito de educação musical está intimamente interligado entre todos os educadores, o que se diferencia entre os conceitos é o contexto social, histórico e cultural em que o educador está inserido. A educação musical adquiriu um caráter social, de integração, inserção e preocupação com o ser humano, ela não está mais voltada ao ensino musical de alto nível, mas sim para o ensino básico, a musicalização em si, esta é a área da educação musical que está tendo uma preocupação maior por parte dos educadores, pois ainda está carente de pesquisas e material didático.
Referências Bibliográficas
FONTERRADA, Marisa Trench de Oliveira. De Tramas e Fios: um ensaio sobre música e educação. 2ª Ed. São Paulo: Editora UNESP, 2008.
BRITO, Teca Alencar de. Koellreutter Educador: o humano como objetivo da educação musical. São Paulo: Peirópolis. 2001.
GAINZA, Violeta Hemsy de. Estudos de Psicopedagogia Musical. São Paulo: Editora Summus.
Os educadores musicais da primeira geração quebraram o patamar rígido e estático da educação musical, começaram a enxergar a educação musical como um objeto de estudo que vai além do cenário escolar e acadêmico, eles olharam para o individuo e buscaram novas formas de educar, principalmente de se integrar socialmente levando a música para todos.
Para Dalcroze, segundo Fonterrada, o ensino musical não está centrado apenas na mente, mas nas associações entre as atividades cerebrais e as sensações auditivas, para ele era necessária uma sistematização das condutas em que a música, a escuta e o movimento corporal estivessem estritamente ligados e interdependentes, para isso desenvolveu o sistema de educação musical chamado “Rythmique”. Outro enfoque da educação de Dalcroze é a educação das massas, a transformação das massas populares através da música, e para ele essa é uma das funções do educador musical.
Para Willems, “a arte de educar encontra sua base racional de conhecimento nas relações estritas, vitais, que existem entre os elementos fundamentais da matéria a ensinar, e as próprias da natureza humana”. Para Willems é necessário se fomentar a cultura auditiva de todos, tirando a idéia de que o ensino musical é apenas para os mais talentosos.
Para Kodàly, a educação musical tinha a meta de ensinar o espírito do canto das músicas nacionalistas e folclóricas para o povo, através de um programa de alfabetização musical eficiente, levando a música para o cotidiano das pessoas. Para ele a educação musical devia enriquecer a vida das pessoas. Em sua concepção a educação musical deveria formar um publico para a música de concerto.
Para Orff, os princípios que embasam a educação musical são a integração de linguagens artísticas e o ensino baseado no ritmo, movimento e improvisação.
Para Suzuki, a educação musical se assemelha ao ensino da língua mãe, e defende que toda criança tem potencial e capacidade para aprender música, pois se têm fluência em sua língua, podem ter essa mesma fluência na linguagem musical.
Para Koellreutter, a educação musical deve considerar o estágio em que se encontra a sociedade, pois existem o rápido avanço tecnológico e cientifico, as diferenças sociais e econômicas, tudo isso deve ser levado em conta quando se trata da educação musical. A abordagem de Koellreutter privilegia o porquê da música na vida humana, não se atendo apenas ao ensino formal do fazer musical. Sua preocupação era a de propiciar uma educação viva e condizente com o contexto do aluno. Para ele o educador musical deve “desenvolver a personalidade do jovem como um todo; de despertar de desenvolver faculdades indispensáveis aos profissionais de qualquer área.”.
Para Gainza, o objetivo especifico da educação musical é musicalizar, tornar um individuo sensível e receptivo ao som e, ao mesmo tempo, promover nele respostas à índole musical. Depois de criar o vinculo musical no aluno, a própria música fará o trabalho de musicalização, rompendo nele as barreiras e abrindo seus canais de expressão e comunicação.
O conceito de educação musical está intimamente interligado entre todos os educadores, o que se diferencia entre os conceitos é o contexto social, histórico e cultural em que o educador está inserido. A educação musical adquiriu um caráter social, de integração, inserção e preocupação com o ser humano, ela não está mais voltada ao ensino musical de alto nível, mas sim para o ensino básico, a musicalização em si, esta é a área da educação musical que está tendo uma preocupação maior por parte dos educadores, pois ainda está carente de pesquisas e material didático.
Referências Bibliográficas
FONTERRADA, Marisa Trench de Oliveira. De Tramas e Fios: um ensaio sobre música e educação. 2ª Ed. São Paulo: Editora UNESP, 2008.
BRITO, Teca Alencar de. Koellreutter Educador: o humano como objetivo da educação musical. São Paulo: Peirópolis. 2001.
GAINZA, Violeta Hemsy de. Estudos de Psicopedagogia Musical. São Paulo: Editora Summus.
Olá Thiago,
ResponderExcluirMuito bom seu artigo. Nos dias de hoje é necessário que tenhamos a consciência do valor da Educação Musical na vida das pessoas. Nesta semana, em artigo da VEJA, podemos ver como a Educação Musical pode transformar a vida das pessoas, das comunidades, com projetos sociais e trabalho com jovens e adolescentes. Abraços.