terça-feira, 24 de agosto de 2010

Quem foi Paulo Freire?

Paulo Freire foi um dos grandes educadores brasileiros, seu trabalho com a educação voltada para os mais necessitados tornou-se referência principalmente na América Latina e África.

Seu trabalho se tornou referência para várias gerações de educadores.  Seu trabalho, voltado à educação popular, foi interrompido durante a ditadura militar, quando foi exilado do país para o Chile, onde escreveu seu principal livro: “Pedagogia do Oprimido” (1968).

Para Paulo Freire, segundo o site Centro de Referência Educacional, a sociedade dividida em classes impede que a maioria usufrua dos bens produzidos, entre eles está a educação.

Ele refere-se à existência de dois tipos de pedagogia: a pedagogia dos dominantes e a pedagogia do oprimido. Na pedagogia dos dominantes, a educação é utilizada como forma de dominação    , transformando o educador como sujeito único de todo o processo de educação e o educando como um objeto vazio que apenas absorve o conhecimento proveniente de seu educador. Esse tipo de educação não pressupõe discussões ou contradições, não propiciando a reflexão do educando.

A concepção de Paulo Freire percebe o ser humano como um ser autônomo, levando em conta a experiência prévia dos educandos e assumindo que o ser humano é um fator modificador da cultura e do mundo, e que este último é passível de modificação. Para isso o educando deve descobrir-se como construtor desse mundo da cultura. Segundo Vera Lúcia Camara Zacharias: “Procura-se superar a dicotomia entre teoria e prática, pois durante o processo, quando o homem descobre que sua prática supõe um saber, conclui que conhecer é interferir na realidade, percebe-se como um sujeito da história.”
   

Bibliografia


Pensador.info. Biografia de Paulo Freire - Pensador. Disponível em: http://www.pensador.info/autor/Paulo_Freire/biografia. Acesso em: 12/05/2009.

Centro de Referência Educacional. PAULO FREIRE. Disponível em: http://www.centrorefeducacional.com.br/paulo.html. Acesso em: 12/05/2009.

NetSaber. Biografia de Paulo Freire. Disponível em: http://biografias.netsaber.com.br/ver_biografia_c_377.html. Acesso em: 12/05/2009.

ZACHARIAS, Vera Lúcia Camara. O Método Paulo Freire. Disponível em: http://www.centrorefeducacional.com.br/ometodo.html. Acesso em: 12/05/2009.

sexta-feira, 30 de julho de 2010

Educação Musical Nas Escolas - Alguns Pareceres


    A educação musical na escola além de desenvolver habilidades artísticas, aumentar seu processo cognitivo, sensibilizar e aumentar a bagagem cultural do aluno pode ser uma ferramenta para a aproximação da família com a escola. Esse processo pode ser ainda mais efetivo se a escola se dispuser a colaborar com eventos relacionados à educação musical.
    O estreitamento de laços entre família e escola pode ocorrer em eventos nos quais os alunos de música se apresentem para seus familiares em pequenos saraus com no máximo 20 alunos se apresentando, assim a escola e a família podem estreitar seus laços através de conversas informais entre professores/coordenadores e famílias.
    Outra forma de estreitar ainda mais é fazer a cada fim de semestre uma aula em que os alunos devem levar um de seus pais ou responsáveis para fazerem aula com eles, e mostrarem o que estão aprendendo e como estão aprendendo. Isso além de estreitar os laços com a instituição, também mostra aos pais a importância da música.
    Algumas atividades musicais podem servir de subsídio para se saber informações sobre a vida do aluno e sua ligação com sua família, fazendo com que a escola e os professores tenham conhecimento sobre a vida do aluno e possam discutir isso com os pais nos encontros propostos acima. Uma atividade que pode funcionar é relacionada ao início da aula onde o professor propõe uma melodia e a cada dia pede que cada aluno cante, de forma improvisada, sobre seu quarto, sua casa, seu pai, sua mãe. Com isso o professor começa a ter subsídios para as conversas com os pais para obter um melhor desenvolvimento de cada aluno.
    É importante que o professor e a instituição entendam a realidade dos alunos, para que o ensino se torne mais eficiente e que os alunos de baixa renda tenham a mesma oportunidade dos alunos de alta renda. E também que os alunos, não importando classe social, tenham um desenvolvimento humano e social melhorado, tornando assim a sociedade um pouco mais humana e solidária, é um caminho utópico, mas ao mesmo tempo possível se instituição e professores colaborarem.

quarta-feira, 21 de julho de 2010

Aprofundando conhecimentos sobre educadores estrangeiros

Zoltán Kodály

O método conhecido como Kodály tem como filosofia que todas as pessoas são capazes de aprender musica e isso é um direito de todo ser humano. Para Kodály a iniciação musical deve-se dar pelo canto e que através do uso da voz se consegue um melhor desenvolvimento da percepção musical e é importante começar cedo na vida do ser humano.
A metodologia prega que se deve usar apenas musicas de alto grau de valor artístico, como musica folclórica por exemplo. O uso de canto e dança é forte aliada a um forte inicio com musicas folclóricas e conforme o aluno aumenta seus conhecimentos outras musicas de outros países vão sendo utilizadas.
Em sua metodologia, Kodály, se utiliza muito do solfejo e do canto em grupo se utilizando da pentatônica menor, passando pelas escalas modais até chegar às escalas maiores utilizando acidentes. O uso do dó móvel dá uma forte base para as crianças identificar os intervalos de maneira relativa e passa mais segurança para o aprendizado. Essa metodologia também se utiliza de sinais de mão (manosolfa) para deixar a memória tonal mais segura e firme em sua base.
Para o ensino rítmico Kodály se vale da solmização que utiliza a divisão silábica (verbalização) para a compreensão dos valores das figuras o que ajuda muito na percepção rítmica.
A metodologia Kodály é organizada e seqüenciada, seguindo um padrão que sai do grau mais fácil para o grau mais difícil conforme o aluno vai passando pelas etapas, o mesmo acontece a cada aula, todos os exercícios se movem para uma mesma direção, a música, e essa ira conter todos os aspectos trabalhados em aula para fortalecer o conteúdo passado.
A metodologia Kodály é bastante instintiva e mesmo quem não teve contato direto com essa metodologia pode intuí-la e utilizar em aulas mesmo sem saber.

Edwin Gordon

Edwin Gordon é um professor e pesquisador em educação musical norte-americano, ele desenvolveu uma metodologia que chamada de Teoria da Aprendizagem Musical (Music Learning Theory) que consiste em como e quando aprendemos musica. 
Ele desenvolveu o conceito do ensino da audiação, que é a junção do conceito da audição e da compreensão. O aluno precisar aprender a pensar em música, precisa desenvolver toda a parte de percepção antes de tocar seu instrumento. Gordon diz que a audiação não é a percepção auricular mas sim o processo cognitivo que dá sentido ao som. 
Sua metodologia é seqüencial e cria uma base sólida para o aprendizado musical. Seu método se utiliza do canto, movimento rítmico e padrões rítmicos e melódicos antes mesmo de se teorizar o ensino da musica e ele se apóia em alguns princípios como o uso de padrões para o ensino musical, do mesmo modo em que se faz no ensino das línguas, o uso de contrastes ajuda muito à criança a comparar escalas e tonalidades, a contextualização do ensino dando significado ao que está sendo ensinado e o uso do movimento rítmico através do corpo.
Gordon defende que o aprendizado musical desde o nascimento até os cinco anos de idade tem um profundo impacto no entendimento musical (audiação) que esta criança desenvolverá. Segundo Gordon, as crianças inicialmente começam balbuciando, depois vão contextualizando e imitando e posteriormente formam frases e contextualizam conforme elas pensam.
As idéias de Gordon mesmo sem eu ter um conhecimento profundo de seus estudos sempre me guiaram no meu aprendizado e na minha base para o ensino musical, a musica deve ser compreendida assim como as línguas e também pode ser pensada para se desenvolver uma aculturação maior dos seres humanos em relação a essa arte.

Referências Bibliográficas

Zoltan Kodály. Disponível em http://www.public.asu.edu/~jwang2/portfolio/methods/kodaly/kodaly.html. Acesso em 20 de outubro de 2008.
Excel-Abilitiy Learning. Disponível em http://www.excel-ability.com/Music/Programs/Kodaly.html. Acesso em 20 de outubro de 2008.
OAKE.org. Disponível em http://oake.org/php/kodalymethods.php. Acesso em 20 de outubro de 2008.
Wikipedia. Disponível em http://en.wikipedia.org/wiki/Kod%C3%A1ly_Method. Acesso em 20 de outubro de 2008.
GIML – The Gordon Institute for Music Learning. Disponível em http://www.giml.org/mlt_earlychildhood.php. Acesso em 21 de outubro de 2008.

sexta-feira, 9 de julho de 2010

Música contemporânea x segunda geração de educadores musicais

A musica contemporânea surge no século XX com a experimentação dos sons, novas formas de emissão sonora e conseqüentemente novos sons são descobertos e logo agregados a musica. A liberdade de experimentação e a quebra de paradigmas musicais que a musica contemporânea trouxe incentivou a nova geração de educadores musicais. O incentivo a criação, improvisação e principalmente levar a musica a realidade do aluno vem muito dos conceitos musicais trabalhados no século XX.
Tratar a musica de forma lúdica e sensibilizar os alunos aos sons produzidos no ambiente é outra contribuição da musica contemporânea. Schafer e Paynter possuem muito dessa influencia da musica do século XX.
A evolução cientifica e a rapidez com que a informação começava a chegar às pessoas no século XX fizeram a musica e, por conseqüência, a educação musical seguirem essa tendência. A utilização de novos recursos e a busca por novos sons com maquinas, novos instrumentos e também novas experimentações modificaram o jeito de se compreender a musica.
O entendimento da evolução musical se tornou importante para o desenvolvimento da educação musical, levando a evolução musical ao entendimento do aluno e fazendo com que ele abra seus horizontes para novas experimentações, para a criação musical e o improviso. O respeito pelo gosto individual mesmo no ambiente coletivo e a mudança de conceito para o apuramento da audição no sentido musical vieram também como influencia da musica feita no século XX.
A musica eletroacústica levou aos educadores novas possibilidades sonoras e novos parâmetros para os alunos produzirem musicas. A tecnologia para que eles gravem seus sons produzidos e também a tecnologia envolvida para a produção e experimentação com novos sons trazem novas possibilidades aos educadores.
Experimentação, conscientização, liberdade, criatividade, tecnologia e novos sons, essas são as principais contribuições da musica contemporânea para os educadores desta geração.

Referencias Bibliográficas
Musica Contemporânea e Educação Artística. Disponível em http://latinoamerica-musica.net/ensenanza/neves/educacao-po.html. Acesso em 10 de novembro de 2008.

domingo, 4 de julho de 2010

Educação Musical: idéias e definições


O conceito de educação musical tem semelhanças e diferenças entre os grandes educadores conhecidos. É consenso geral de que a educação musical é o conjunto de práticas educacionais que transmitem o conhecimento prático e teórico do fazer musical. Essa prática é utilizada desde os primórdios do conhecimento humano, já na Grécia havia busca pelo valor da música e sua educação. O que difere a educação musica antiga da moderna já é a preocupação com a educação musical da criança e com a inserção social das massas no ensino musical.
Os educadores musicais da primeira geração quebraram o patamar rígido e estático da educação musical, começaram a enxergar a educação musical como um objeto de estudo que vai além do cenário escolar e acadêmico, eles olharam para o individuo e buscaram novas formas de educar, principalmente de se integrar socialmente levando a música para todos.
Para Dalcroze, segundo Fonterrada, o ensino musical não está centrado apenas na mente, mas nas associações entre as atividades cerebrais e as sensações auditivas, para ele era necessária uma sistematização das condutas em que a música, a escuta e o movimento corporal estivessem estritamente ligados e interdependentes, para isso desenvolveu o sistema de educação musical chamado “Rythmique”. Outro enfoque da educação de Dalcroze é a educação das massas, a transformação das massas populares através da música, e para ele essa é uma das funções do educador musical.
Para Willems, “a arte de educar encontra sua base racional de conhecimento nas relações estritas, vitais, que existem entre os elementos fundamentais da matéria a ensinar, e as próprias da natureza humana”. Para Willems é necessário se fomentar a cultura auditiva de todos, tirando a idéia de que o ensino musical é apenas para os mais talentosos.
Para Kodàly, a educação musical tinha a meta de ensinar o espírito do canto das músicas nacionalistas e folclóricas para o povo, através de um programa de alfabetização musical eficiente, levando a música para o cotidiano das pessoas. Para ele a educação musical devia enriquecer a vida das pessoas. Em sua concepção a educação musical deveria formar um publico para a música de concerto.
Para Orff, os princípios que embasam a educação musical são a integração de linguagens artísticas e o ensino baseado no ritmo, movimento e improvisação.
Para Suzuki, a educação musical se assemelha ao ensino da língua mãe, e defende que toda criança tem potencial e capacidade para aprender música, pois se têm fluência em sua língua, podem ter essa mesma fluência na linguagem musical.
Para Koellreutter, a educação musical deve considerar o estágio em que se encontra a sociedade, pois existem o rápido avanço tecnológico e cientifico, as diferenças sociais e econômicas, tudo isso deve ser levado em conta quando se trata da educação musical. A abordagem de Koellreutter privilegia o porquê da música na vida humana, não se atendo apenas ao ensino formal do fazer musical. Sua preocupação era a de propiciar uma educação viva e condizente com o contexto do aluno. Para ele o educador musical deve “desenvolver a personalidade do jovem como um todo; de despertar de desenvolver faculdades indispensáveis aos profissionais de qualquer área.”.
Para Gainza, o objetivo especifico da educação musical é musicalizar, tornar um individuo sensível e receptivo ao som e, ao mesmo tempo, promover nele  respostas à índole musical. Depois de criar o vinculo musical no aluno, a própria música fará o trabalho de musicalização, rompendo nele as barreiras e abrindo seus canais de expressão e comunicação.
O conceito de educação musical está intimamente interligado entre todos os educadores, o que se diferencia entre os conceitos é o contexto social, histórico e cultural em que o educador está inserido. A educação musical adquiriu um caráter social, de integração, inserção e preocupação com o ser humano, ela não está mais voltada ao ensino musical de alto nível, mas sim para o ensino básico, a musicalização em si, esta é a área da educação musical que está tendo uma preocupação maior por parte dos educadores, pois ainda está carente de  pesquisas e material didático.

Referências Bibliográficas
FONTERRADA, Marisa Trench de Oliveira. De Tramas e Fios: um ensaio sobre música e educação. 2ª Ed. São Paulo: Editora UNESP, 2008.
BRITO, Teca Alencar de. Koellreutter Educador: o humano como objetivo da educação  musical. São Paulo: Peirópolis. 2001.
GAINZA, Violeta Hemsy de. Estudos de Psicopedagogia Musical.  São Paulo: Editora Summus.

quarta-feira, 30 de junho de 2010

Espaços Sonoros Contemporâneos: Ruído Intransigente ou Arte Emergente?

    Os grandes centros urbanos estão permeados por enormes quantidades de decibéis, sejam por contas dos carros e maquinários ou por conta dos próprios seres humanos e suas grandes aglomerações. Essa massa sonora pela qual somos envolvidos diariamente nos afeta de maneira que nem conseguimos imaginar. Este é o chamado ruído, ou seja, sons emitidos no espaço sonoro em que vivemos e não nos agradam ou fazem bem.  Como há muita informação sonora não conseguimos mais distinguir com clareza as nuances sonoras e, por conseguinte, nos tornamos seres com ouvido seletivo e ficamos “surdos” aos sons do ambiente que realmente nos interessam. Esses ruídos podem também fazer parte de obras de alto teor artístico como a obra 4’33” de John Cage, que utiliza a paisagem sonora como elemento vivo da composição.
    Uma das formas de minimizar os problemas causados pela grande concentração de ruídos nos espaços sonoros dos grandes centros urbanos é a educação e conscientização das pessoas. É aqui que entra em ação o papel social do educador musical, pois através da conscientização de seus alunos através do refinamento auditivo promovido pela música e também por atividades especificas que visam a conscientização dos alunos quanto ao espaço sonoro em que vivem é que se consegue a médio prazo se reverter a poluição sonora instaurada nos grandes centros urbanos.
    O educador como o canadense Murray Schafer tem um excelente trabalho em cima da conscientização da poluição sonora nos centros urbanos. Schaffer utilizou os termos hi-fi e low-fi para designar ambientes que possuem muita concentração de sons (low-fi) e ambientes que possuem pouca concentração de sons, possuindo mais os sons da natureza (hi-fi). Essa diferenciação entre ambientes é importante para que se entenda o meio em que estamos vivendo, por que sempre achamos que quando vamos para o campo ficamos mais calmos e relaxados? 
    Um bom exercício para a percepção do ambiente sonoro é a criação de diários de sons para diferentes ambientes. Essa atividade faz com que os alunos compreendam melhor a diferença entre ambientes low-fi e hi-fi, além de fazê-los perceber o quão imerso em ruídos e poluição sonora estão. 
    Outro ponto a ser trabalhado é o silêncio, ele é um fator fundamental a ser compreendido, pois sem silêncio não há som e sem som não há silêncio. Ambos só podem ser valorizados se forem compreendidos. Uma atividade que ajuda a valorizar o silêncio e a qualidade dos sons produzidos é a de fazer com que os alunos fiquem em silêncio absoluto, depois que ficarem todos em silêncios fazer com que caia algum objeto pequeno no chão, fazendo com que eles compreendam o valor do silêncio e o quanto um pequeno som pode causar um grande estrondo num ambiente hi-fi.
    A referência do corpo junto ao som produzido é importante de ser colocada junto aos educandos, pois o corpo é também um emissor sonoro. Essa conscientização da emissão sonora feita por um corpo pode ser feita através de esculturas sonoras humanas, onde cada aluno emite um som diferente e reage de forma diferente aos outros sons. Isso faz com que eles percebam como eles mesmos reagem aos estímulos sonoros provocados por outros corpos, fazendo com que valorizem também o silêncio e os sons que lhes agradam.
    Os espaços sonoros também podem ser utilizados de forma artística através de instalações sonoras que através da intervenção humana ou da natureza promove tipos diferenciados de sons, transformando em música fatos que ocorrem em determinados ambientes. Por exemplo, existem instalações que através da ação do vento emitem certos tipos de som e dependendo da velocidade do vento os sons são mais ou menos intensos.
    É importante salientar que a educação musical pode conscientizar muito a população sobre os espaços sonoros e os conceitos de poluição sonora e paisagem sonora. A transformação do ruído em arte é uma questão de adaptação e criatividade. Espaços que são permeados por grandes quantidades de ruídos podem ter seus danos à saúde minimizados através de ações conscientes e também criativas. O mais importante é que através da Educação Musical conseguimos conscientizar e abrir as percepções sonoras dos alunos e fazer com que “enxerguem” através dos sons um mundo melhor e mais tranqüilo.

sexta-feira, 4 de junho de 2010

Como navegar neste Blog?

Esta postagem é para mostrar a funcionalidades deste blog. Foram colocados alguns gadgets para ajudar a melhorar a acessibilidade às informações dosponíveis aqui.

Foram utilizados gadgets para busca, indexação de marcadores, indexação por data de postagem, videos sugeridos e um contador de  visitas que mostra informações sobre a procura por informações neste blog.

Abaixo colocarei as explicações para cada gadget:
  • "Pesquisar neste blog": Este gadget  foi colocado para  facilitar o acesso às informações contidas neste  blog;
  • "Marcadores": Este gadget é utilizado para facilitar a busca de conteúdos  através das palavras-chaves contidas nos  textos;
  • "Arquivo do Blog": Este gadget foi colocado para ajudar na pesquisa de conteúdos  por datas de postagens, também ajuda a entender o contexto de  tempo/espaço em que o texto foi escrito;
  • "RSS Feed ": Este gadget foi colocado para que se tenha notícias relacionadas  à educação, através do feed: http://feeds.feedburner.com/illumino.
  •  "Videos Sugeridos ": Este  gadget foi colocado para colocar  vídeos que tenham relação com a temática do blog, tem videos instrucionais, educacionais e sobre tecnologia e música.

sexta-feira, 21 de maio de 2010

Inclusão Digital: Problema Social, Cultural ou Educacional?



    O processo de inclusão digital é amplo e ainda complexo de se definir e implementar, pois exige um esforço maior do que simplesmente garantir acesso a computadores com acesso a internet e telecentros com letramento digital. A educação ainda é a base para que essa inclusão seja feita de forma ideal, pois garante que a população, além de ter acesso às tecnologias, consiga produzir material e entender conteúdos que estão disponíveis na internet através de seus computadores.  No Brasil, em 2005 apenas 13,9% da população brasileira possuía acesso a internet, contra 68,7% da população norte-americana.  Isso quer dizer que uma parcela muito pequena da população tem acesso às informações e conteúdos disponíveis virtualmente.
    Para que a inclusão digital ocorra, em minha opinião, devemos inverter a ordem do que inferimos sobre o termo. Quando falamos em inclusão digital nos vem computadores de última geração com acesso a internet sendo acessados por toda a população desde as classes mais baixa até a alta sociedade. Porém, nada disso vale se não utilizarmos esses recursos como ferramentas educacionais para instruir e transformar cada cidadão que a eles tem acesso.
Tendo em vista este pensamento podemos separar um processo de inclusão digital dividindo a população em dois níveis: Etário e Social. A partir desta divisão e do cruzamento de referências entre eles podemos adotar algumas atitudes que podem fazer diferença em médio prazo para a inclusão de todos.
A inclusão digital deve começar na escola, onde os alunos devem ser letrados digitalmente, além de utilizarem recursos tecnológicos de comunicação em todas as matérias. O processo deveria começar desde sua alfabetização, com os professores utilizando de computadores e internet para complementar o trabalho de alfabetização, além de iniciar um básico letramento digital.
Os alunos na pré-adolescência deveriam saber utilizar mídias de armazenamento como CDs, Pendrives, entre outras. Aprender a pesquisar em sites de busca, refletindo sobre palavras-chaves e sobre a veracidade de conteúdos, além de aprenderem a refletir sobre o que estão pesquisando, ao invés de buscarem e imprimirem textos sem ler.
Já na adolescência os alunos de escolas deveriam estar aptos a desenvolverem conteúdos de matérias que estão aprendendo e postando online, elaborarem material multimídia, pois isso será exigido deles no futuro trabalho, não há como escapar desta realidade.
Para adultos e idosos sem letramento digital é importante que os capacite, através de cursos em telecentros ou escolas, a entenderem como funciona a linguagem da internet, como se envia e recebe emails, como se entra em uma rede social, como se busca informações, se inscreve ou cadastra sites de interesse dos mesmos, como confiar em sites, como perceber ações maliciosas, etc.
Já no âmbito social, deveriam existir telecentros que aliassem educação ao letramento digital, como dito anteriormente, não é possível uma inclusão digital plena se as pessoas envolvidas não conseguem produzir e nem compreender as informações e conteúdos. Existem maneiras simples como a reflexão sobre textos simples, reflexão sobre vídeos ou frases que os ajudem a compreender como se formam simples raciocínios e como se busca por informação através do computador.
A escola, em meu ponto de vista, é a maior responsável por incluir digitalmente os alunos, principalmente as escolas públicas que abrigam alunos de baixa renda, pois não adianta apenas colocar computadores à disposição, deve-se ensinar a utilizá-los e a refletir sobre os conteúdos que são encontrados através deles.
Podemos utilizar exemplos de infoinclusão também na Educação Musical, hoje não é mais possível escapar da tecnologia aliada ao ensino de música. Os músicos têm que aprender a buscar conteúdos que estão disponíveis online como vídeos, textos, materiais didáticos e também deveriam saber a utilizar os equipamentos digitais disponíveis para melhora de seus instrumentos e estudos, além de técnicas básicas de gravação e manuseamento de softwares destinados ao mesmo fim.
Um processo de Educação Musical básico deve conter material no qual os alunos consigam extrair conhecimentos que os façam estar aptos a desenvolverem meios de trabalharem com equipamentos tecnológicos, pois todos possuem padrões que são seguidos, apenas modificando alguns detalhes de um software para outro.
A inclusão digital é um processo lento e deve ser aplicado de forma cautelosa, não apenas jogando informações para as pessoas, mas as fazendo refletir e as capacitando a conseguirem trabalhar com qualquer tipo de plataforma, isso faz com que a inclusão seja plena. Incluir é também capacitar o individuo a trilhar seu próprio caminho no mar de informação e tecnologia pelo qual está cercado e isso se faz através da educação, que transforma o individuo em um ser crítico e reflexivo, melhorando assim também a qualidade dos conteúdos e informações que serão disponibilizadas no futuro.

Música, Educação e Tecnologia

Me chamo Thiago Carbonari, sou baterista e educador. Faço o curso de Licenciatura em Educação Musical na modalidade à Distância na UFSCAR. E trabalho em algumas escolas de música em Ribeirão Preto, além de atuar como baterista de algumas bandas e artistas da região.

Este é o início de um blog dedicado à música, educação e tecnologia. Claro que todos esses elementos são relacionados à música. Aqui postarei informações sobre música em geral, procurando "linkar" sempre com  educação musical, por vezes direcionada à  bateria e outras à educação musical geral.
 
É importante disseminarmos meios  e métodos com os quais podemos trabalhar a Educação  Musical, principalmente quando tratamos com crianças. Nossa função enquanto educadores é  fornecer uma base sólida, não somente  musical, mas também cognitiva. Em minha opinião devemos ajudá-los a alcançarem um nível  maior de cidadania e aumentar sua bagagem cultural, além de darmos subsídios para que se formem excelentes músicos. Para tanto a utilização de elementos tecnológicos (softwares e hardwares) é fundamental, pois é a linguagem que estão habituados.

Enfim, espero que consigam aproveitar os conteúdos postados por aqui.

Comentem e aproveitem!!!